Manifesto.

Democratizar, Dignificar e Desenvolver

A lista D nasce da necessidade de fazer oposição à visão vigente de gestão de uma Instituição de Ensino Superior, apresentando uma alternativa de dinamização do espaço democrático do campus universitário. Queremos que o ISCTE-IUL prossiga o interesse público e defendemos que este o fará melhor por via direta do que prosseguindo o seu interesse privado.
O que nos preocupa é o critério de decisão de gestão: pensa-se na virtude do ensino e da ciência e do seu contributo social e democrático ou, por outro lado, no interesse financeiro da operação e do seu produto (chavão técnico dos administradores da nossa instituição para um curso). A opção pela ciência e o seu contributo social deverá ser valorizada pela nossa instituição.

Prosseguir o interesse público pauta-se, na perspetiva deste manifesto, por:

• 1. Privilegiar a qualidade de ensino, da investigação científica e da vida dos alunos, docentes e investigadores do ISCTE-IUL, perspectivando a expansão internacional da Universidade.
  2. Valorizar os recursos humanos da instituição, planeando e implementando melhorias qualitativas nas condições de trabalho e vida, tendo em vista aumentar a disponibilidade destes para as suas tarefas pedagógicas e de investigação e de apoio, criando uma experiência de ensino mais envolvente e partilhada.
  3. Garantir o financiamento público do máximo das necessidades correntes do ISCTE-IUL, evitando a captura da instituição por interesses privados que comprometam a liberdade científica da mesma, bem como permitindo diminuições da propina que permitam desmercantilizar o acesso ao ensino superior e promover a igualdade de oportunidades.
  4. Assegurar que o ensino superior público fornecido pelo ISTCE-IUL funcione como contraciclo à elitização do ensino superior que se sente nos 2.º e 3.º ciclos, adotando estratégias de preço justas e não de simulação artificial de valor.
  5. Alargar a visibilidade e a capacidade de impacto das ciências sociais, destacando a sua importância tanto social como no mundo do trabalho, de
     forma a combater a sua anulação por outras áreas do saber.
  6. Democratizar o acesso ao espaço da universidade por parte dos estudantes, propiciando-lhe mais oportunidades de partilha, associação e discussão e uma maior atividade democrática na instituição, dando um valor diferente à “liderança” no ISCTE-IUL, que nos últimos anos tem sido pautada por uma visão mercantilizada.
  7. Valorizar uma gestão de infraestruturas e recursos virada para a qualidade da experiência universitária, pela sua qualidade, disponibilidade, diversidade e facilidade de acesso; e que priorize o direito de estudar com dignidade, independentemente das condições económicas dos estudantes.